O bule dos sentimentos - por Edjunior

O bule dos sentimentos.

Um dia eu ia passando,
E pela rua encontrei,
Um bule velho no chão,
E logo eu apanhei,
Daí eu tirei a tampa,
E ali mesmo “curiei”.

Quando eu tirei a tampa,
Fiquei um pouco assustado,
Pois ouvi uma conversa,
Que me deixou encucado,
Daí resolvi escrever,
O que ali ouvi admirado.

Pois dentro do bule havia,
Uma grande reunião,
Era um monte de sentimentos,
Que estavam numa seção,
E um por um discursou,
Trazendo a sua versão.

O amor se levantou,
E foi o primeiro a falar,
-“como eu sou o presidente,
Eu que quero começar,
Vou dizer poucas palavras,
Por que vim mesmo escutar.”

Ele disse –“Eu sou do bem,
Porem mal compreendido,
Dizem que eu faço sofrer,
E deixo peitos e corações destruídos,
Só que o homem é quem se avexa,
E não colabora comigo.

A felicidade pediu a palavra,
E disse bem humorado,
-“Vivem a minha procura,
Dizem que não sou encontrado,
Eu vivo no meio deles,
E eles não olham de lado.”

-“Me procuram todo dia,
Em bar, carro e mansão,
Me procuram nas grandes coisas,
E trancam o coração,
Que é onde eu quero entrar,
Pra lhe trazer satisfação.

O ódio se levantou,
Deu uma grande gargalhada,
E disse: -“ eu aqui tô sendo o único
Que não posso reclamar de nada.
-“ Todo dia eu tô na rua,
No peito da humanidade,
No coração das pessoas,
É só ver a realidade,
É o reflexo de mim,
O que vemos na cidade.”

-“Já tenho muitos discípulos,
Pessoas que me adoram,
Que amam viver comigo,
Todo dia e toda hora,
E pra vocês não deixo espaço,
Se quiser que vão embora.”

Sobre um semblante lento,
Se pôs de pé uma nobreza,
E disse: -“ eu sou o que ainda sobro,
Em meio a tanta tristeza,
Pois é na casa do pobre,
Que eu reino sobre a mesa.”

Era uma tal de gula,
Que disse: -“ esse é o meu nome,
Só que pra ficar popular,
E chegar na casa do home,
Me botaram um apelido,
E me chamaram de fome.”

-“Tô todo dia nas casas,
Sendo ruim e maltratando,
Crianças, jovens e adultos,
Ficam tudo reclamando,
Dizendo: eu tô com fome,
E eu bem pertim mangando.”

Foi quando viu-se um pulo,
E alguém se pois de pé,
E disse: -“ a senhorita e o ódio,
Pensam que fazem o que quer,
Mas eu sozinha, derrubo vocês,
Porque desse povo eu sou a fé.”

-“Eles pulam, gritam e choram,
Mas não deixam de rezar,
Pedem todo dia a Deus
Praquilo tudo passar,
Mesmo com muita fome,
E com o ódio do homem,
Eu sozinha posso acabar.

-“agora vou me calar,
E chamar para a falança,
Essa moça tão bonita,
De blusa verde e de trança,
Que encanta todo mundo,
E traz o nome ESPERANÇA.

Esperança se levantou,
E disse no seu falar,
-“entre tantos sentimentos,
Jesus cristo vem falar,
Lá em 1ª coríntios 13,
Uma lição vem nos passar.”
Que a fé e a esperança,
Tem que ta junta do amor,
Pois elas estando juntas,
Destroem qualquer rancor,
Pois não podem separar,
Pra o home ser vencedor.”

O orgulho se levantou,
E queria discursar,
Também se manifestou,
Cobiça, Luxúria e o azar,
Mas eu não ouvi mais nada,
e não vi a seção findar.
Por que eu tampei o bule,
E fiquei ali pensando,
Como hoje está o mundo,
Do nosso senhor precisando,
E muita gente na terra,
Da palavra dele zombando.

É uns dizendo que cura,
E outros que podem salvar,
Vendendo a palavra de Deus,
Para querer enricar,
E bando de gente besta,
Se pondo a acreditar.
Os políticos da nação,
São para nós um espanto,
Nos fazem tanta promessa,
Pra ganhar o nosso encanto,
Mas ficam só na conversa,
Pois não paga nem promessa a santo.

E o povo nosso sofrendo,
Nas camas dos hospitais,
Faltando comida na mesa,
Faltando politicas legais,
Faltando vergonha na cara,
Desse bando de imorais.
Diante de tanta coisa,
Só temos uma opção,
Temos que amar mais,
E ter Deus no coração,
E mesmo parecendo difícil,
Praticar amor e perdão.

Já encerrando o cordel,
Eu aprendi a lição,
Que tenho que amar mais,
E ter Deus no coração,
Viver feliz e aceitar
Que Jesus é a salvação,
Que só ele pode salvar,
E trazer libertação.