'Foi maldade', diz cunhado de professora morta por aluno
Simone de Lima foi morta a facadas dentro da escola Professor Joaquim de Toledo Camargo
Ainda em choque com o assassinato da professora Simone de Lima, 27 anos, morta por um aluno dentro de uma escola estadual onde lecionava em Itirapina, no interior de São Paulo, os familiares da vítima custam a acreditar no que aconteceu. O cunhado da professora, Fernando Augusto Braga, conta que ela nunca comentou nada sobre o suspeito do crime, Thomas Hiroshi Haraguti, 33 anos. "Ela nunca reclamou de perseguição. Se ele já tinha procurado ela para falar que queria algo, acho que nunca falou nada. Foi maldade pura mesmo", afirmou.
"Ela dava aula havia três anos. Esse cara veio de fora e começou a frequentar a escola faz mais ou menos um mês. Encanou com a menina, mas ela nunca deu bola pra ele, estava quase namorando um menino aqui amigo da gente", disse Fernando. Casado com a irmã da vítima, Silmara Lima Braga, ele conta que a professora era muito querida por colegas de trabalho, alunos e familiares da cidade.
"Foi um choque receber a notícia, estamos todos sem chão. A Simone era muito querida, a mais nova das três irmãs, sempre quis ser professora e gostava do que fazia. Era um doce de menina, em paz com todo mundo, fazia amizade com todos, era querida pelas outras professoras", disse. Thomas Hiroshi Haraguti era aluno de uma turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Escola Estadual Professor Joaquim de Toledo Camargo.
De acordo com a Polícia Militar, ele entrou na escola na noite de segunda-feira vestido de preto e carregando duas mochilas, foi até a sala dos professores onde Simone estava e a atacou com sete facadas. Duas pessoas que estavam na sala com ela não conseguiram deter o agressor, que fugiu em seguida. Thomas foi preso por volta das 3h desta terça-feira, enquanto caminhava às margens da rodovia Ayrton Senna. Ele seria apaixonado pela professora, mas o sentimento não seria correspondido por ela, motivo pelo qual a teria assassinado.
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