Índios formandos em licenciatura e bacharelado da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS)Foto: Divulgação
A luta dos poucos indígenas formados pelo ensino superior brasileiro se estende ao longo de toda a graduação, onde choque cultural, carências acumuladas desde o ensino básico e alto custo de vida nos arredores dos campi são adversários que por muitas vezes vencem o sonho do diploma - em alguns cursos, as taxas de evasão de alunos indígenas chegam a 90%.
Se o acesso está mais facilitado, a permanência ainda desafia as instituições. Segundo dados do Instituto de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa, das 125 instituições públicas no País, 63 contam com ações afirmativas voltadas aos índios. O mapeamento da presença desses estudantes nas universidades brasileiras é recente. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), em 2011, eram 3.540 indígenas entre os 1.773.315 matriculados no ensino superior público (na esfera privada, os números ainda não estão consolidados), ou seja, um indígena a cada 500 alunos.
O cenário dentro dos campi não reflete a realidade do País: os indígenas brasileiros somam 896.917 de uma população total de mais de 190 milhões - o que equivale a um índio a cada 212 habitantes de outras etnias. A relação entre os negros é parecida: enquanto a proporção no País é de um negro a cada 13 brasileiros, na universidade pública, o índice é de um a cada 24 matriculados. Já no total, a cada 107 brasileiros, um está matriculado no ensino superior público.
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