ÚNICO NÚMERO: REGISTRO CIVIL NACIONAL IRÁ UNIFICAR DOCUMENTOS.
A
presidente Dilma Rousseff encaminhou nesta quinta-feira (28) ao
Congresso Nacional o projeto de lei que cria o Registro Civil Nacional,
documento de identificação com chip que vai unificar informações de vários cadastros do cidadão. Ao assinar o projeto, em cerimônia no
Palácio
do Planalto, Dilma disse que o projeto vai permitir o ajuste de
processos para que o “cidadão, na esfera individual,” seja tratado “como
único que é”.
“Quem
não sonha sair de casa carregando apenas um documento, em vez de ser
obrigado a sair carregando todos eles? Quem não sonha fazer uma
transação comercial, abrir uma conta, ou até registrar imóvel apenas com
a apresentação de um documento? É preciso descomplicar a vida das
pessoas. O Estado tem o dever de ser mais eficiente, adotando todos os
recursos tecnológicos disponíveis para atender bem a vida do cidadão”,
afirmou.

O
projeto está sendo desenvolvido em parceria com o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) e, quando criado, vai permitir que a coleta de dados
biométricos de todos os brasileiros seja compartilhada para a criação de
um número único de registro, reduzindo a burocracia e aumentando a
agilidade no acesso a serviços. A intenção é unificar cadastros e
documentos dos cidadãos, como identidade, CPF, título de eleitor e
carteira de habilitação, além de registros de nascimento, casamento e
óbito.
O
TSE justifica a iniciativa em razão da experiência adquirida no
Programa de Recadastramento Biométrico do Eleitor e pelo fato de a
Justiça Eleitoral administrar o maior cadastro de cidadãos da América
Latina, com mais de 142 milhões de eleitores, sendo que 24,5 milhões já
estão cadastrados biometricamente.
Para
o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, como o Brasil não tem um
órgão que centraliza a identificação das pessoas desde o nascimento, os
cidadãos podem, mesmo sem nenhuma má-fé, criar 27 carteiras de
identidade nas diferentes secretarias de Segurança Pública dos 26
estados e do Distrito Federal.
“Com
a aprovação do projeto pelo Congresso será possível, na primeira etapa,
emitir 5,6 milhões de cartões de identificação, utilizando a base da
Justiça com todos os eleitores dos estados do Amapá, de Alagoas, Sergipe
e do Distrito Federal, que já foram completamente identificados”,
afirmou Toffoli. Segundo ele, na segunda etapa, os registros dos
recém-nascidos serão informados à Justiça Eleitoral, e na terceira, os
próprios cidadãos vão se dirigir aos cartórios para gerarem seus cartões
de identificação.
De
acordo com o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa,
Guilherme Afif Domingos, o registro será a primeira ação do programa Bem
Mais Simples, anunciado em fevereiro por Dilma. “Hoje, temos uma
proliferação de digitalização de dados. A integração vai trazer
economia, eficiência e segurança. A identificação inequívoca é um
poderoso instrumento de combate às fraudes”, disse ele. Fonte
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