"Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará" (Salmos 37:5).
Fred Craddock, em uma palestra para ministros, enfatizou as atitudes práticas de uma vida consagrada a Deus. "Não há nada mais glorioso do que uma vida entregue ao Senhor Jesus", disse ele. "Dedicar-me ao próximo... pagar o preço de uma vida consagrada -- é o que eu desejo fazer. Eu estou pronto, Senhor, a sair como uma chama de glória".
Nós pensamos que dar todo o nosso ser para o Senhor é o mesmo que tomar toda a conta de 10.000 Reais e colocar tudo sobre uma mesa -- aqui está minha vida, Senhor. Eu estou dando tudo o que tenho.
Mas, na realidade, em relação à maioria de nós, Deus usa o que temos aos poucos, deduzindo, a cada dia, do total que temos em Seu banco. Passamos a vida gastando 25 centavos aqui e 50 centavos ali. Não podemos nos mostrar indiferentes às necessidades de nossos vizinhos mandando-os procurar um local onde algum tipo de assistência social possa socorrê-los. Entendemos o quão importante é oferecer um copo de água a uma pessoa idosa que vive solitária em um asilo. Colocamo-nos diante do altar de Deus para que Ele nos guie conforme a Sua vontade.
A decisão de entregar a vida para o Senhor não se constitui, por si só, um ato glorioso. Isso acontece nas pequenas atitudes de amor, dando 25 centavos de cada vez. Um instante de glória pode se apagar também em um instante. Viver um momento de glória é fácil, difícil é viver gloriosamente, pouco a pouco, em todo o tempo.
Consagrar a vida ao Senhor em uma grande Conferência espiritual, ou no culto de final de semana, ou durante o apelo de um pregador convidado, pode ser um alimento que nos fortaleça e nos estimule a uma aproximação maior do Senhor Jesus, mas de nada valerá se não passar de uma emoção momentânea que não produza uma dedicação que se estenda pelos dias que se seguirem.
Você entregou sua vida a Deus em um dia especial e depois viu sua decisão se esfriar ou continua entregando-a a cada dia, com denodo e amor, entendendo que os seus 25 centavos produzem bênçãos muito mais gloriosas do que a atitude de umúnico dia de festa?
Pr. Paulo Roberto Barbosa
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