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sábado, 28 de março de 2015

Copiloto teria escondido doença

Berlim (AE) - O copiloto alemão Andreas Lubitz, que aparentemente provocou a queda de um A320 da Germanwings na terça-feira, esteve no hospital de Düsseldorf para um check-up médico, mas não recebia tratamento para depressão no local.  As consultas foram feitas em fevereiro deste ano e no dia 10 de março, informou ontem o hospital. Elas aconteceram para “esclarecimentos diagnósticos”, mas detalhes não podem ser revelados em razão das regras de confidencialidade, afirmou o hospital. “Relatos de que Andreas. L. era tratado de depressão em nossas instalações são, porém, errados”, disse a instituição.

Claude Paris / Ap photosAvião da Germanwings caiu numa região de difícil acesso, nos alpes franceses, onde equipes realizam buscas e recolhem corpos Avião da Germanwings caiu numa região de difícil acesso, nos alpes franceses, onde equipes realizam buscas e recolhem corpos

Uma porta-voz disse ao Wall Street Journal que Lubitz esteve no hospital em razão de vários problemas físicos para os quais buscava diagnóstico.

Ele não esteve no local para se tratar de depressão, disse ela, destacando que o hospital não tem clínica psiquiátrica, apenas uma unidade de neurologia.  O hospital entregou o arquivo médio do copiloto para os promotores de Düsseldorf.
Os promotores disseram na manhã ontem que  Lubitz passava por tratamento, algo que aparentemente ele havia escondido de seu empregador. Em sua casa em Düsseldorf, a polícia encontrou um atestado médico rasgado que dispensava o copiloto de trabalhar no dia do acidente.  O promotor francês Brice Robin disse na quinta-feira que suspeita que Lubitz tenha trancado o piloto para fora, programado a descida da aeronave e permitido que ela se chocasse com uma montanha dos Alpes franceses a 400 milhas por hora, demonstrando “desejo de destruir o avião”.

 

O promotor Ralf Herrenbrueck disse ontem, em comunicado, que um atestado médico rasgado, que liberava Lubitz de trabalhar no dia do acidente, “apoia a avaliação preliminar de que ele escondeu sua doença de seu empregador e seus colegas.” Ele disse que durante as buscas na casa do copiloto não foi encontrado nenhum bilhete suicida ou qualquer motivação política ou religiosa para suas ações.
Enquanto isso, o principal sindicato de pilotos da França abriu um processo contra o vazamento de informações das investigações sobre o acidente com o avião da Germanwings. Guillaume Schmid, representante do sindicato SNPL, disse  que os pilotos estão irritados com as informações sobre os dramáticos momentos finais do voo que foram divulgadas pela mídia antes mesmo de os promotores terem sido informados.
Após a divulgação por meios de comunicação, um promotor anunciou que as gravações da cabine indicavam que o copiloto do A320 intencionalmente jogou a aeronave contra um montanha. Todas as 150 pessoas que estavam a bordo morreram.
O processo pede o respeito à lei francesa segundo a qual informações sobre investigações devem ser mantidas em segredo enquanto o inquérito estiver em vigor. O processo não indica um culpado, método comumente usado pela lei francesa, que deixa para os investigadores determinar de quem é a culpa.
Schmid disse que os pilotos estão tristes com o acidente e compreendem o desejo do público por informações imediatas, mas criticou a pressão sobre os investigadores e disse que isso pode levar a população a receber informações incorretas.
Segundo o jornal alemão Bild, Lubitz teve há seis anos uma forte depressão e ficou durante um ano e meio em tratamento psiquiátrico, tendo interrompido por vários meses o seu curso de piloto, iniciado em 2008. Problemas com depressão atrasaram sua formação, afirma o jornal. Por um período, ele teria até mesmo sido considerado inapto para pilotar aviões. A ficha de Lubitz no órgão regulador alemão, o Luftfahrtbundesamt, contém a classificação SIC, que indica necessidade de controle médico permanente.

Tribuna do norte

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