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domingo, 11 de outubro de 2015

Reflexão do Minuto

Alegramo-nos, também, nos sofrimentos. (Romanos 5, 3-5)

Buscar a felicidade sem sofrimento, todos querem. Mas será possível? Por outro prisma: é possível ser feliz sem sofrimento? O Evangelho contraria quem pensa assim. Paulo dirá: Jesus Cristo inaugura novo pacto entre Deus e os homens. Seu evangelho é boa nova também diante do sofrimento. É impossível imaginar Jesus sem Seus padecimentos. De fato, "o Evangelho começa onde termina o livro de Jó". Mas sua resposta, esta sim, é paradoxal e assombrosa: "A grandeza extrema do cristianismo provém do fato não buscar remédio sobrenatural contra o sofrimento, e sim uso sobrenatural do sofrimento". É somente pela ótica da fé que cabe contemplar a dor, não como inimiga, mas enquanto a possibilidade terrível, mas sempre útil, de despertar nossa verdadeira condição. E diante de Deus restaurar a plenitude de nossa vocação mais verdadeira. É impossível imaginar o Deus-Homem que não sofre, solidário a todas as dores do homem e da mulher. A ressurreição do Senhor reflete a vitória contra o sofrimento e a dor.
Como verdadeira descarga vital, a dor sacode qualquer adormecimento, fulmina a imaturidade e leva o homem, freqüentemente, a níveis muito mais profundos de compreensão de si mesmo e do mundo. De onde a força da declaração cristã: "Qualquer sofrimento integrado em Cristo perde a sua desesperança e até sua própria fealdade". Somente a fé vital, pessoal e dinâmica em Deus tornará possível a fecundidade pedagógica da dor: "Alegramo-nos também nos sofrimentos, conscientes de que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência consolida a fidelidade, a fidelidade consolidada produz a esperança, e a esperança não nos engana..." (Romanos 5,3-5). Até mesmo a maior dor pode ser assumida, se for "provida de sentido"; muito pior que a pior das dores é sofrê-la sem propósito que a dignifique.

Rev. Derval Dasilio

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