DigiFoto

DigiFoto

Pesquise em O Gato

Custom Search

Páginas

EncurtaNet

EncurtaNet

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Bancários do RN suspendem atendimento e população reclama

No Rio Grande do Norte, a categoria reivindica reajuste de 35% e o nível de adesão foi de 70%, de acordo com o sindicato da categoria. No cenário nacional, o pleito é de 12,5%.

A greve por tempo indeterminado dos bancários, iniciada ontem, deixou parte da população revoltada. Os clientes  tiveram que ser virar no autoatendimento dos caixas eletrônicos. No Rio Grande do Norte, a categoria reivindica reajuste de 35% e o nível de adesão foi de 70%, de acordo com o sindicato da categoria. No cenário nacional, o pleito é de 12,5%. A Federação Nacional dos Bancos (Febraban) ofereceu 7,35% de reajuste.

“É uma injustiça com a população”. Foi assim que o cozinheiro Aldo Barbosa da Silva, 43, definiu a greve dos bancários, ontem, na agência do Banco do Brasil da Avenida Rio Branco, da Cidade Alta. Desde dezembro Aldo Barbosa da Silva está pela perícia por causa de problemas de saúde e recebe seu benefício na boca do caixa da agência BB. Casado, pai de três filhos e morando em São Gonçalo do Amarante, ele não conseguiu a transferência de agência para seu município e também não recebeu cartão para sacar dinheiro nos caixas eletrônicos. Ontem (30), deu viagem perdida. Sabia da greve, mas não imaginava que todo o atendimento havia sido suspenso.

O aposentado José Dias, 69, também foi ao BB da Rio Branco. Viu a notícia da greve na TV, mas pensou que só iria começar dia primeiro. Queria ir para o atendimento no caixa, dentro da agência, mas ficou decepcionado porque lhe informaram que o banco estava fechado. O funcionário público Gilberto Henrique dos Santos era um dos mais inconformados, ontem, na agência do BB do Centro. “É um absurdo”, desabafou. Ele sabia da greve, mas pensou que havia 30% dos bancários trabalhando.

Frisou que fez vários pagamentos com o cartão e, mesmo digitando a senha corretamente na sequência, não conseguiu fazer o último porque o banco cancelou o seu cartão. Sem ter a quem recorrer e muito irritado com a falta de atendimento, só lhe restou desabafar e fazer as queixas de seu inconformismo com os sindicalistas. Para a produtora cultural Joelma Tavares, a greve é um desrespeito para com os clientes. Tantos por parte dos bancários como do banco, que não respeitou os 30% para atendimento de pessoal.

Ela não encontrou guia de depósito bancários e também não conseguiu falar com ninguém da agência porque não havia nenhum funcionário no primeiro piso. “É uma greve irresponsável”, desabafou. Damiana Batista dos Santos também não conseguiu fazer saques porque não tinha cartão. Ela não sabia que os bancos entraram em greve a partir de ontem. No setor de autoatendimento do Bradesco, na Rio Branco, o desempregado João Batista da Silva, 48, queria fazer um depósito relativo a uma dívida que venceu segunda-feira e não conseguiu  porque a agência só estava atendendo aposentados e pessoas com crianças de colo.

Segundo Gilberto Monteiro, do Sindicato dos Bancários, os bancos desabilitaram o módulo depositário nos caixas eletrônicos que permitem o usuário a fazer depósitos nos envelopes. Ontem, na maioria das agências do BB e Caixa Econômica, não havia envelopes para depósitos em cheques e dinheiro. Somente na agência do BB da Afonso Pena, em Tirol, havia envelopes.

Na frente do BB da Rio Branco, na Cidade Alta, Gilberto Monteiro e outros sindicalistas orientavam os clientes porque não tinha ninguém da agência fazendo esse trabalho.

Na parte de baixo, onde é feito o atendimento, havia somente vigilantes. Os gerentes que estavam trabalhando não atenderam a população. “O objetivo do banco é fazer a população ficar contra a gente (grevistas)”, frisou o sindicalista. Eduardo Xavier, também do sindicato, disse que os bancos privados estabeleceram atendimento somente para os aposentados. Na porta da frente do Itaú, na Rio Branco, ele ajudava aposentados a entrarem na agência, onde tinha um contingente de um gerente geral, um gerente administrativo e um tesoureiro para auxiliar nos caixas eletrônicos.

Na agência do Bradesco, Cidade Alta, uma gerente explicou que o atendimento preferencial era para aposentados e para quem não tinha cartão. Era possível ver apenas três pessoas trabalhando no interior da agência com pouquíssimos clientes. De acordo com o sindicato, o funcionamento da compensação (cheques e documentos), relacionada como serviço essencial, cumpre a Lei de Greve. ão há nada na lei que determine um efetivo de 30% de pessoal trabalhando. Além dos bancos, a população pode recorrer aos caixas eletrônicos e correspondentes bancários, que são as casas lotéricas.

Gazeta do Oeste

Nenhum comentário: