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terça-feira, 25 de novembro de 2014

APODI RELEMBRA MAIOR TRAGÉDIA DE SUA HISTÓRIA APÓS 10 ANOS

Ambulâncias, Viaturas policiais e desespero. Esta era a realidade dos apodienses no dia 25 de novembro de 2004. Uma quinta-feira que marcou a história do município e deixou marcas que nem o tempo pode apagar.

Há exatos dez anos atrás, acontecia a maior tragédia do Apodi. Uma imprudência no trânsito que levou à morte cinco estudantes e um professor, deixando ainda dezenas de feridos.O fato se deu quando um ônibus turístico intermunicipal colidiu lateralmente com outro ônibus superlotado de estudantes na BR – 405, principal via que corta a cidade.

Odair, Melquezedeque e Anatália.

A colisão dos veículos provocou o arremesso do estudante Melquezedeque Medeiros, de apenas 13 anos, para fora do veículo, que não resistiu e veio a óbito na hora. Socorridos aos hospitais regionais de Apodi e Mossoró, os estudantes Odair José, de 22 anos, Francinária de Castro, de 16,Erlana Rodrigues e Anatália Cristina, ambas com 13 anos, também não resistiram e morreram pouco tempo depois.

Segundo o professor Izauro Veira, que vivenciou o triste acontecimento, os primeiros socorros foram prestados por populares, e o cenário era de desespero total.

"Inicialmente, os socorros eram feitas pelas pessoas da comunidade que iam passando. Depois chegou ambulância, chegou a polícia, era um verdadeiro cenário de guerra, todo mundo levando gente ferida e ensaguentada", contou.

Vários estudantes ficaram presos às ferragens e foram resgatadas pela polícia e por civis que não mediram esforços num só objetivo: salvar vidas. Apesar do empenho da população, cinco dias depois, morreu em um dos leitos do Hospital Regional Tarcísio Maia em Mossoró, o professor Antônio Dantas, que também utilizava o veículo coletivo para se deslocar até a Escola Estadual Zenilda Gama, onde trabalhava, concretizando assim, seis vítimas fatais.

Antônio Dantas era colega de banco do professor Veira, que por pouco não foi vítima do acidente. Veira pegou uma carona minutos antes do ônibus passar no seu ponto de parada, fato este que ele considera um milagre.

"Eu era caroneiro do ônibus, eu ia junto com o professor Antônio Dantas todos os dias ali nos primeiros bancos, onde houve o impacto maior durante o acidente. O fato deu não ter pegado o ônibus naquele dia, eu não sei explicar, são os designos da vida. Eu acho que, não tem explicação, Deus achou que não era o meu momento", disse Veira emocionado.

O relatório da Polícia Rodoviária Federal apontou que o motorista do veículo estudantil, identificado como João Batista Sobrinho, foi o culpado pelo acidente. No contorno, onde ele deveria ter parado, preferiu avançar para o outro lado, sendo atingido brutalmente.

João Batista, o motorista.

"Não é fácil pra gente relembrar, principalmente por que, no momento, faleceram cincos alunos da escola, sem contar com um monte de pessoas que ficaram feridas, e Antônio Dantas, que era um professor muito querido por todos nós", relatou.

Após o acidente que marcou o dia 25 de novembro, a rodovia foi duplicada e ganhou, além de outras coisas, lombadas físicas que obrigam aos motoristas, a redução da velocidade. O dia também é lembrado pelos apodienses como um dia de luto em respeito a todos os envolvidos neste trágico acontecimento.

                                                                              Fonte: Portal SOS Notícias do RN

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