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terça-feira, 19 de abril de 2011

Por que comemos peixes na Semana Santa?

Comer peixe na Semana Santa faz parte da tradição e da vocação Cristã. O costume de comer peixe é ligado a uma forma de praticar o jejum e a abstinência, uma prática, ao lado da caridade e esmola, indicada pela Igreja como prática de devoção típica do tempo de Quaresma.

A título de esclarecimento, é obrigatório o jejum na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa. Nas outras Sextas-feiras (e até nas Quartas-feiras) o jejum não é obrigatório, embora continue sendo uma prática louvável.

Comer peixe no lugar de carne. Mais do que um valor material, esta “troca” tem um profundo significado simbólico da fé. O jejum é uma expressão de fé, é praticado por motivo de fé. A forma de praticá-lo (comer peixe) quer ser uma afirmação da fé cristã. De que modo? A carne representa o mundo material, com suas paixões, pecados, egoísmo, ganância, as coisas “do baixo” e a aversão às coisas “do alto”. O peixe está presente em muitos lugares da Bíblia e tem um símbolo profundo na tradição cristã. Lembremos o profeta Jonas, engolido por uma baleia, que significa a ressurreição de Jesus. Lembremos o milagre da pesca milagrosa, da multiplicação dos pães e dos peixes, o peixe assado na beira do lago após a ressurreição.

Em Mt. 4,19, designa os cristãos batizados. Entre os primeiros cristãos, o batismo foi representado sob a figura da pesca. Na época das perseguições contra os cristãos, o peixe tornou-se o distintivo dos seguidores de Jesus Cristo. Isso pela associação da palavra “peixe”, “ichtys”, em grego, com a formula de Jesus Cristo. De fato, as letras que compõe a palavra “ichtys” são as primeiras da seguinte frase, em grego: “Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador”. Ora, entre os cristãos, quem se considerava “peixe”, professava-se adepto daquela fé.

Nesse sentido, estritamente relativo a Cristo, o peixe simboliza o alimento de vida (cf. Lc 24,24) e símbolo da ceia eucarística. Por isso, é reproduzido com freqüência junto o pão. 

Fonte: http://www.padrewaldomiro.com.br

Um comentário:

raseC disse...

Na virada do século XV para o XVI o Vaticano financiava boa parte das grandes expedições marítimas. Para tanto associou-se a vários reis e rainhas católicos, em particular da Espanha e Portugal. Nos novos continentes descobertos, seu quinhão estava assegurado — a peso de muito ouro e enormes propriedades.

É nesta época que, de repente, a Igreja cisma de decretar que, em reconhecimento ao sofrimento de Cristo, os fiéis não poderiam consumir carnes “quentes” ou “vermelhas” durante a Quaresma.

O que nem todos sabiam é que o Vaticano, na verdade, era proprietário da maior frota bacalhoeira — caravelas para a pesca do bacalhau que levavam os “dóris”, barcos a remo nos quais os pescadores (bacalhoeiros) se lançavam ao mar para a pesca.

Seus armazéns ficavam abarrotados e era preciso escoar regularmente a mercadoria antes do vencimento dos prazos de validade (afinal, peixe salgado também estraga porque o sal se desfaz a baixas temperaturas durante o inverno).

Assim, visando a maximizar seus lucros, espertamente os padres proibiram o consumo de outros tipos de carne durante a Quaresma. Não deu outra: as vendas de bacalhau explodiram, já que o alimento era apreciado nas camadas populares europeias, sobretudo portuguesas, por ser nutritivo e barato.

Leia mais em: http://www.materiaincognita.com.br/por-que-se-come-peixes-e-bacalhau-durante-a-semana-santa/#ixzz1qyubgiLn