Com a decisão do Governo do Estado de cortar o ponto dos servidores em greve e descontar os dias não trabalhados na folha de junho, as categorias em paralisação se mobilizam para reagir à altura. A expectativa é de radicalização em resposta à postura do governo, considerada pelos servidores "truculenta, autoritária e inadequada".
Em greve há quase dois meses, os trabalhadores em educação do Estado se reunirão novamente na próxima segunda-feira (27), em assembleia na Escola Estadual Winston Churchill, às 14h, em Natal, para ouvir a categoria sobre o corte nos pontos e a sequência do movimento após o ultimato dado pelo Governo do Estado.
Na mais recente assembleia, realizada terça-feira (21), a categoria decidiu pela continuidade da greve da educação, porque, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN), até o momento não houve nenhuma proposta nova às reivindicações da categoria.
O Sinte teve acesso a um documento do governo com uma releitura da única proposta apresentada até agora. Para a diretoria do Sinte-RN, trata-se da velha proposta com nova roupagem. O teor do documento foi organizado também em forma de panfleto cuja capa anuncia um aumento de 34% salarial para os professores.
"No entanto, o anúncio governamental esconde que o aumento, depois de seis meses, é zero, e zero também é o aumento previsto para agosto. A atenção dada à reivindicação de reformulação do plano de carreira do magistério também é zero, bem como é zero o nível de confiança de que em dezembro os professores receberão o que está sendo prometido agora", denuncia o Sinte.
SEM AVANÇO
O Sindicato dos Servidores da Administração Indireta do Rio Grande do Norte (Sinai/RN) programa plenária com os setores em greve e os demais com pendências para terça-feira (28), em Natal. O local e horário serão divulgados na segunda-feira. A plenária encaminhará decisões dos servidores diante da ausência de respostas do governo aos pleitos.
A direção do Sinai lamenta que as negociações com o Governo do Estado não tenham avançado mesmo com intermediação de deputados estaduais que formaram comissão para mediar o diálogo. Essa comissão perdeu força política após o governo anunciar que não negocia mais e que descontará os dias não trabalhados em greve na folha de junho.
Fonte: http://haggainoticias.blogspot.com/
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